Perfil epidemiológico da doença de Chagas nas regiões norte e nordeste do Brasil (2018-2022)
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v15i4.20308Palavras-chave:
Doença de Chagas, Epidemiologia, Saúde PúblicaResumo
Justificativa e Objetivos: A doença de Chagas é uma infecção parasitária causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e um problema de saúde pública no Brasil. A transmissão ocorre por meio do vetor triatomíneo, via oral, vertical, transfusional e acidental. O estudo tem o objetivo de traçar o perfil epidemiológico da doença nas regiões Norte e Nordeste entre 2018 e 2022, analisando a distribuição dos casos e fatores sociodemográficos. Métodos: O estudo é epidemiológico e descritivo. Foram coletadas informações sobre casos confirmados de doença de Chagas aguda nas regiões Norte e Nordeste entre 2018 e 2022, utilizando dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). As variáveis analisadas incluem sexo, faixa etária, raça/cor e modo de transmissão. Os dados foram processados no Microsoft Excel e TABNET. Resultados: O estado do Pará concentrou 78,29% dos casos. A distribuição por sexo foi de 52,26% para homens e 47,74% para mulheres. A faixa etária mais acometida foi de 20 a 39 anos (34,69%), e a maioria dos casos ocorreu em indivíduos de raça parda (83,51%). A principal via de transmissão foi a oral, associada ao consumo de alimentos contaminados. Conclusão: A distribuição dos casos evidencia a predominância da transmissão oral, principalmente no Pará. O perfil epidemiológico indica maior incidência em adultos jovens e homens, refletindo fatores ocupacionais e socioeconômicos. A redução registrada em 2020 sugere impacto da pandemia de Covid-19 na notificação de casos. O estudo reforça a necessidade de controle da transmissão oral e ampliação da vigilância epidemiológica.
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