Avaliação do perfil clínico e epidemiológico de pacientes com paracoccidioidomicose em um hospital público
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v15i3.20197Palavras-chave:
Paracoccidioidomicose, Epidemiologia, Aspectos clínicos, Hospitais públicos, Estudos retrospectivosResumo
Justificativa e Objetivos: A incidência da Paracoccidioidomicose (PCM) pode estar subestimada em decorrência da ausência de notificação obrigatória dos casos, pois no Brasil micoses sistêmicas não estão inclusas na lista nacional de agravos de notificação compulsória. O objetivo do estudo é avaliar o perfil clínico e epidemiológico de pacientes com PCM em um centro de referência para doenças infecciosas no Piauí. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo e quantitativo-descritivo. Realizado em hospital especializado em doenças tropicais. Utilizou-se um formulário como instrumento de coleta. Foram incluídos os prontuários nos quais os pacientes tiveram diagnóstico final de PCM, com data de internação entre outubro de 2018 e setembro de 2023. Foram excluídos prontuários cujo diagnóstico final não tenham sido de PCM e que as informações não estiveram completas no prontuário Resultados: Dos prontuários verificados de pacientes internados, 20 foram confirmados. Entre os pacientes acometidos 100% eram do sexo masculino, com a faixa etária predominante entre 30 e 60 anos (60%), originário da zona rural, exercendo a atividade laboral de lavradores (60%). A doença se manifestou na sua forma crônica (55%), tendo a extensão da lesão focal e multifocal igualmente prevalente (50%), com o tempo de surgimento menor que um ano (60%), com presença de secreção (60%). Conclusão:Os dados obtidos colaboram para uma melhor compreensão e percepção da epidemiologia da PCM demonstrando a necessidade de formulação de políticas de saúde pública capazes de dar visibilidade à doença negligenciada e que requer estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento da PCM.
Downloads
Referências
1. Cordova LA, Torres J. Paracoccidioidomycosis. Em: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2024. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK563188/
2. Koehler A, Girardi FM, Neto LK, de Moraes PC, Junior VF, Scroferneker ML. Head and neck manifestations of paracoccidioidomycosis: A retrospective study of histopathologically diagnosed cases in two medical centers in southern Brazil. J Med Mycol [Internet]. Maio 2022: 101292. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.mycmed.2022.101292
3. Marinho Falcão EM, de Macedo PM, Freitas DF, et al. Paracoccidioidomycosis in people living with HIV/AIDS: A historical retrospective cohort study in a national reference center for infectious diseases, Rio de Janeiro, Brazil. PLOS Neglected Trop Dis [Internet]. 15 jun 2022 [citado 27 fev 2025];16(6):e0010529. Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0010529
4. Cavalcante L. Aplicação das técnicas de diagnóstico da paracoccidioidomicose no Brasil: revisão sistemática. South Am J Basic Educ Tech Technol. 2019;6(2):762–75. Disponível em: https://www.periodicos.ufac.br/index.php/SAJEBTT/article/view/3130.
5. Wagner G, Moertl D, Glechner A, et al. Paracoccidioidomycosis Diagnosed in Europe—A Systematic Literature Review. J Fungi. 23 de fevereiro de 2021;7(2):157. DOI: https://doi.org/10.3390/jof7020157
6. De Oliveira Ll, De Arruda Ja, Marinho Mf, et al. Oral paracoccidioidomycosis: a retrospective study of 95 cases from a single center and literature review. Med Oral Patol Oral Cirugia Bucal. 2023;e131–9. DOI: 10.4317/medoral.25613
7. Peçanha PM, Peçanha-Pietrobom PM, Grão-Velloso TR, Rosa Júnior M, Falqueto A, Gonçalves SS. Paracoccidioidomycosis: What We Know and What Is New in Epidemiology, Diagnosis, and Treatment. J Fungi. 18 de outubro de 2022;8(10):1098. DOI: DOI: 10.3390/jof8101098
8. Silva ALG, Guatimosim BF, Pedroso ERP, et al. Análise de dados socioepidemiológicos para construção do perfil de pacientes com paracoccidioidomicose atendidos em um centro de tratamento de Belo Horizonte: um estudo retrospectivo / Analysis of socioepidemiological data to build the profile of patients with paracoccidioidomycosis attended at a treatment center in Belo Horizonte: a retrospective study. Braz J Health Rev. 18 de outubro de 2021;4(5):22601–11. DOI: https://doi.org/10.34119/bjhrv4n5-351
9. Gil AC - Métodos e Técnicas de Pesquisa Social-Atlas, 7°. ed- São Paulo: Atlas, 2021 | [Internet]. Disponível em: https://evirtual.upra.ao/examples/biblioteca/content/files/antonio%20carlos%20gil%20-%20metodos%20e%20tecnicas%20de%20pesquisa%20social-atlas%20(2019).pdf
10. Souza R, Bonan P, Pinto M, et al. Oral paracoccidioidomycosis in a non-endemic region from Brazil: A short case series. J Clin Exp Dent [Internet]. 2019:0. Disponível em: https://doi.org/10.4317/jced.56199
11. Hahn RC, Rodrigues AM, Terra PPD, Nery AF, Hoffmann-Santos HD, Góis HM, et al. Clinical and epidemiological features of paracoccidioidomycosis due to Paracoccidioides lutzii. PLoS Negl Trop Dis. 4 de junho de 2019;13(6):e0007437. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0007437.
12. González Á. The Therapy of Pulmonary Fibrosis in Paracoccidioidomycosis: What Are the New Experimental Approaches? J Fungi [Internet]. 11 out 2020;6(4):217. Disponível em: https://doi.org/10.3390/jof6040217
13. Santos L, Grisolia J, Burger E, Paula F, Dias A, Malaquias LC. Virulence factors of Paracoccidioides brasiliensis as therapeutic targets: a review. Antonie Van Leeuwenhoek. 1o de maio de 2020;113. DOI: 10.1007/s10482-019-01382-5
14. Clementino DIJ, De Lourdes DSK. Óbitos causados pela paracoccidioidomicose no Brasil durante o período de 1996-2020 [TCC-Medicina Veterinária na Internet]. Paraíba: Universidade Federal da Paraíba; 2022. 30 p. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25611
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Mauro Roberto Biá da Silva, Francisca Aline Amaral da Silva, Joice Pereira Carvalho

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
The author must state that the paper is original (has not been published previously), not infringing any copyright or other ownership right involving third parties. Once the paper is submitted, the Journal reserves the right to make normative changes, such as spelling and grammar, in order to maintain the language standard, but respecting the author’s style. The published papers become ownership of RECI, considering that all the opinions expressed by the authors are their responsibility. Because we are an open access journal, we allow free use of articles in educational and scientific applications provided the source is cited under the Creative Commons CC-BY license.