Therapeutic accompaniment (TA) as a political movement for freedom
DOI:
https://doi.org/10.17058/psiunisc.v9i.18512Keywords:
therapeutic accompaniment, mental health, psychiatric reform, psychosocial careAbstract
Introduction: At the beginning of the 2000s health care began to be offered in the territory, in a psychosocial care network. Mental health services have built new forms of care and look at severe psychic suffering. It was a great advance that reshaped the cultural scene and a long process of deinstitutionalization of practices and discourses in relation to madness. Therapeutic Accompaniment (TA) is a practice that was born along with the reform movements in Mental Health and developed as an expanded clinic that operates outside the institution, seeking to articulate the elements of its daily life as a therapeutic strategy. Objectives: The objective of this article, therefore, was to reflect on the history of TA practice and its emancipatory and territorial prerogatives in mental health care. Method: The research had an exploratory and descriptive design to achieve its objectives. The study approach was qualitative, based on interviews with a semi-structured script. Data analysis was performed by content analysis. Results: The results showed that the TA practices in Brazil went hand in hand with the principles of the Brazilian Psychiatric Reform and with the Psychosocial Care Mode, constituting a powerful political device for strengthening the rights of users, such as the right to the city and to a dignified life, and place themselves in the mediation of the rescue of citizenship, fueled by the desire for social reintegration.
Downloads
References
Acioli Neto, M. D. L., & Amarante, P. D. D. C. (2013). O acompanhamento terapêutico como estratégia de cuidado na atenção psicossocial. Psicologia: Ciência e Profissão, 33(4), 964–975. https://doi.org/10.1590/S1414-98932013000400014
Aguirre, A. E. A. (2020). Prefácio. In A. Holanda (Org.), Acompanhamento Terapêutico: Clínica, desenvolvimento e saber (pp. 9–13). Juruá Editora.
Amarante, P. (1994). Psiquiatria social e reforma psiquiátrica. Fiocruz. https://doi.org/10.7476/9788575415061
Amarante, P. (1998). Loucos pela vida: A trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Fiocruz. https://doi.org/10.7476/9788575413357
Amarante, P., & Torre, E. H. G. (2017). Direitos humanos, cultura e loucura no Brasil: Um novo lugar social para a diferença e a diversidade. In W. Oliveira, A. Potta, & P. Amarante (Orgs.), Direitos humanos e saúde mental (pp. 107–133). Hucitec.
Araújo, F. (2013). Um passeio esquizo pelo acompanhamento terapêutico: Dos especialismos à política da amizade. Edição do Autor.
Bessa, S. L., & Souza, C. R. S. (2021). Plano de ação pessoal, cartão de crise/SOS e Recovery: Uma experiência brasileira. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, 13(36), 143–155. https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/79479
Campbell, R. J. (1986). Dicionário de psiquiatria. In Dicionário de psiquiatria (p. 644). Martins Fontes.
Caponi, S. (2012). Loucos e degenerados: Uma genealogia da psiquiatria ampliada. Fiocruz.
Coimbra, C. M. B. (1995). Desenvolvimento sociocultural e político e meios psicoterápicos. In S. Ciornai (Org.), 25 anos depois: Gestalt-terapia, psicodrama e terapias neo-reichianas no Brasil. Agora.
De Leon, G. (2009). A comunidade terapêutica: Teoria, modelo e método. In G. De Leon (Org.), A comunidade terapêutica: Teoria, modelo e método (p. 479). Loyola.
Delgado, P. G. (2019). Reforma psiquiátrica: Estratégias para resistir ao desmonte. Trabalho, Educação e Saúde, 17(2), e0021244. https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00212
Fiorati, R. C. (2013). Acompanhamento terapêutico, clínica e atenção psicossocial: uma relação possível? Reflexão crítica segundo a hermenêutica dialética de Jügen Habermas. Psicologia & Sociedade, 25, 82–89. https://doi.org/10.1590/S0102-71822013000600011
Fontanella, B. J. B., Campos, C. J. G., & Turato, E. R. (2006). Coleta de dados na pesquisa clínico-qualitativa: Uso de entrevistas não-dirigidas de questões abertas por profissionais da saúde. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 14(5), 812–820. https://www.scielo.br/pdf/rlae/v14n5/pt_v14n5a25.pdf
Fontanella, B. J. B., Luchesi, B. M., Saidel, M. G. B., Ricas, J., Turato, E. R., & Melo, D. G. (2011). Amostragem em pesquisas qualitativas: Proposta de procedimentos para constatar saturação teórica. Cadernos de Saúde Pública, 27(2), 388–394. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2011000200020
Foucault, M. (2006). Microfísica do poder. GRAAL.
Godinho, D. M., & Peixoto, C. A. (2019). Clínica em movimento: A cidade como cenário do acompanhamento terapêutico. Fractal: Revista de Psicologia, 31(3), 320–327. https://doi.org/10.22409/1984-0292/v31i3/5644
Goffman, E. (2003). Manicômios, prisões e conventos. Perspectiva.
Hermann, M. C. (2010). Acompanhamento terapêutico e psicose: Um articulador do real, simbólico e imaginário [Tese de doutorado, Universidade de São Paulo]. Teses USP. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-01032011-163654/pt-br.php
Holanda, A., Ferro, L. F., & Bennato, M. C. (Orgs.). (2020). Acompanhamento Terapêutico: Clínica, desenvolvimento e saber. Juruá Editora.
Ibrahim, C. (1991). Do louco à loucura: Percurso do auxiliar psiquiátrico no Rio de Janeiro. In Equipe de Acompanhantes Terapêuticos do Hospital-Dia A Casa (Org.), A rua como espaço clínico: Acompanhamento terapêutico (pp. 43–49). Escuta.
Lancetti, A. (2012). Clínica peripatética. Hucitec.
Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Presidência da República. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm
Marco, M. N. C., & Calais, S. L. (2012). Acompanhante terapêutico: Caracterização da prática profissional na perspectiva da análise do comportamento. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 14(3), 4–18. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452012000300002
Metzger, C. (2018). Formação do AT: Uma forma-ação que não é com-forma. In C. K. Gerab, M. Fares, & T. Bonomi (Orgs.), Clínica em trânsito: Acompanhamentos terapêuticos. Escuta.
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. (2005). Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas. OPAS. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Relatorio15_anos_Caracas.pdf
Ministério da Saúde. (2019). Nota técnica nº 11/2019-CGMAD/DAPES/SAS/MS: Esclarecimentos sobre as mudanças na Política Nacional de Saúde Mental e nas Diretrizes da Política Nacional sobre Drogas. https://pbpd.org.br/wp-content/uploads/2019/02/0656ad6e.pdf
Nogueira, A. B. (2009). O acompanhamento terapêutico e sua caracterização em Betim e Belo Horizonte. Psicologia em Revista, 15(2), 204–222. https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2009v15n2p204
Palombini, A. L. (2004). Acompanhamento terapêutico na rede pública: A clínica em movimento. Editora UFRGS.
Palombini, A. L. (2006). Acompanhamento terapêutico: Dispositivo clínico-político. Psychê, 10(18), 115–127. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=30701812
Palombini, A. L. (2019). Acompanhamento terapêutico, universidade e políticas públicas: Rede de conversações. Redeunida.
Perrone, P. A. K. (2014). A comunidade terapêutica para recuperação da dependência do álcool e outras drogas no Brasil: Mão ou contramão da reforma psiquiátrica? Ciência & Saúde Coletiva, 19(2), 569–580. https://doi.org/10.1590/1413-81232014192.00382013
Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011. Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Ministério da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3088_23_12_2011_rep.html
Pulice, G., & Rossi, G. (1997). Acompañamiento terapéutico: Aproximaciones a su conceptualización: Presentación de material clínico. Polemos Editorial.
Pulice, G. O., Manson, F., & Teperman, D. (205). Acompanhamento terapêutico: Contexto legal, coordenadas éticas e responsabilidade profissional. Estilos da Clínica, 10(19), 12–31. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282005000200002
Reis Neto, R. O., Pinto, A. C. T., & Oliveira, L. G. A. (2011). Acompanhamento terapêutico: História, clínica e saber. Psicologia: Ciência e Profissão, 31(1), 30–39. https://doi.org/10.1590/S1414-98932011000100004
Ruiz-Olabuénaga, J. I. R. (2012). Metodología de la investigacion cualitativa. Universidad de Deusto.
Santos, M. A., Mishima-Gomes, F. K. T., Pillon, S. C., Zanetti, A. C. G., de Souza, J., Miasso, A. I., & Peres, R. S. (2015). Produção científica sobre Acompanhamento Terapêutico (AT) na pós-graduação brasileira: Revisão da literatura. Psicologia: Teoria e Prática, 17(2), 64–77. https://doi.org/10.15348/1980-6906/psicologia.v17n2p64-77
Scharff, J. (2018). Na manhã do gato: Relato e discussão de caso clínico de AT. In C. K. Gerab, M. Fares, & T. Bonomi (Orgs.), Clínica em trânsito: Acompanhamentos terapêuticos. Escuta.
Silva, A. S. T. D., & Silva, R. N. D. (2006). A emergência do acompanhamento terapêutico e as políticas de saúde mental. Psicologia: Ciência e Profissão, 26(2), 210–221. https://doi.org/10.1590/S1414-98932006000200005
Silveira, R. W. M. D. (2016). Redução de danos e acompanhamento terapêutico: Aproximações possíveis. Revista do NUFEN, 8(1), 110–128. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912016000100008
Soares, M. A. S. (2019). ‘Vão voltar com o modelo que a gente sabe que não deu certo’. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fiocruz. http://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/entrevista/vao-voltar-com-o-modelo-que-a-gente-sabe-que-nao-deu-certo
Souto, L. R. F., & Oliveira, M. H. B. D. (2016). Movimento da Reforma Sanitária Brasileira: Um projeto civilizatório de globalização alternativa e construção de um pensamento pós-abissal. Saúde em Debate, 40, 204–218. https://doi.org/10.1590/0103-1104-20161080017
Souza, A. M. S., & Pontes, S. A. (2017). Acompanhamento terapêutico (AT) e reforma psiquiátrica: História de uma prática. Psicologia em Estudo, 22(3), 335–345. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v22i3.35235
Szasz, T. (1978). A fabricação da loucura: Um estudo comparativo entre a inquisição e o movimento de saúde mental. Zahar.
Thornicroft, G., & Tansella, M. (2008). Quais são os argumentos a favor da atenção comunitária à saúde mental? Pesquisa e Prática em Psicossociais, 3(1), 9–25. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/psi-48683
Downloads
Published
Issue
Section
License
The submission of originals to this journal implies the transfer, by the authors, of the printed and digital publication rights. The copyrights for the published articles are those of the author, with periodical rights on the first publication. Authors may only use the same results in other publications clearly indicating this journal as the medium of the original publication. Because we are an open access journal, we allow free use of articles in educational and scientific applications provided the source is cited under the Creative Commons CC-BY license.