Tendência temporal da tuberculose em menores de 15 anos no estado do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v15i2.20101Resumo
Justificativa e Objetivos: a tuberculose infantil é uma doença negligenciada em nível mundial que apresenta invisibilidade em relação a trabalhos científicos na área. Este estudo visa analisar a tendência temporal da tuberculose em menores de 15 anos no estado do Paraná. Métodos: estudo ecológico de séries temporais, desenvolvido nos 399 municípios do Paraná. A população foi composta por todos os casos notificados de tuberculose infantil (idade menor que 15 anos) no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período de 01 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2022. As variáveis incluídas foram a idade, sexo, raça/cor, zona de residência, tipo de entrada, forma clínica, confirmação laboratorial, baciloscopia de escarro e situação de encerramento. Utilizou-se a análise estatística descritiva e cálculo da frequência absoluta e relativa com aplicação de séries temporais e método de regressão linear generalizada de Prais-Winsten. Resultados: foram notificados 592 casos de tuberculose infantil, destes, 194 (32,8%) casos tinham de dez a 14 anos, 144 (24,3%) tinham idade inferior a um ano, 142 (24,0%) de um a quatro anos e 112 (18,9%) de cinco a nove anos. Ao analisar a regressão de Prais-Winsten, identificou-se que a tendência temporal se apresentou estacionária para todas as variáveis de análise. Conclusão: a tendência da tuberculose infantil encontra-se estacionária no Paraná, evidenciando a importância da ampliação das estratégias de combate a TB nos serviços de saúde para detecção, diagnóstico e tratamento.
Downloads
Referências
Volkman T, Muruganandah V, Graham H, et al. QuantiFERON Gold-In-Tube for the diagnosis of mycobacterial tuberculosis infection in children under 5 years of age: A systematic review and meta-analysis. PLoS One 2024;19(1):e0295913. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0295913.
Girma D, Abita Z, Shifera N, et al. Incidence rate of tuberculosis among HIV infected children in Ethiopia: systematic review and meta-analysis. BMC Pediatr. 2024;24(1):363. https://doi.org/10.1186/s12887-024-04819-7.
Brasil. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico - Tuberculose 2025. Número Especial. 2025. Disponível: https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/boletins-epidemiologicos/2025/boletim-epidemiologico-tuberculose-2025/view.
Wang W, Liu A, Liu X, et al. Mycobacterium tuberculosis Infection in School Contacts of Tuberculosis Cases: A Systematic Review and Meta-Analysis. Am J Trop Med Hyg. 2024;110(6):1253-1260. https://doi.org/10.4269/ajtmh.23-0038
Robsky KO, Chaisson LH, Naufal F, et al. Number Needed to Screen for Tuberculosis Disease Among Children: A Systematic Review. Pediatrics. 2023;151(4):e2022059189. https://doi.org/10.1542/peds.2022-059189.
Jaganath D, Beaudry J, Salazar-Austin N. Tuberculosis in Children. Infect Dis Clin North Am. 2022;36(1):49-71. https://doi.org/10.1016/j.idc.2021.11.008.
Carvalho RF, Carvalho ACC, Velarde LGC, Rossoni AM de O, Aurilio RB, Sias SM de A, et al. Diagnóstico de tuberculose pulmonar em crianças e adolescentes: comparação entre duas versões do sistema de pontuação do Ministério da Saúde. Rev Inst Med trop S Paulo [Internet]. 2020;62:e81. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1678-9946202062081
World Health Organization. The End TB Strategy. Geneva: Who; 2015. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/WHO-HTM-TB-2015.19.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico. Implantação do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública no Brasil: primeiros passos rumo ao alcance das metas. Brasília; 2018. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/t/publicacoes/tuberculose/18151437-boletim-epidemiologico-ms-tuberculose-2018.pdf/view.
Rothman KJ, Lash TL, Greenland S. Modern epidemiology. 3. ed. Filadelfia: Lippincot Williams & Wilkins; 2008.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2022 [Internet]. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2022. Discponivel em: https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/.
Antunes JLF, Cardoso MRA. Uso da análise de séries temporais em estudos epidemiológicos. Epidemiol Serv Saúde. 2015;24(3):565-76. https://doi.org/10.5123/S1679-49742015000300024.
Gafar F, Ochi T, Van't Boveneind-Vrubleuskaya N, et al. Towards elimination of childhood and adolescent tuberculosis in the Netherlands: an epidemiological time-series analysis of national surveillance data. Eur Respir J. 2020;56(4):2001086. https://doi.org/10.1183/13993003.01086-2020.
Tao NN, Li YF, Liu YX, et al. Epidemiological characteristics of pulmonary tuberculosis among children in Shandong, China, 2005-2017. BMC Infect Dis. 2019;19(1):408. https://doi.org/10.1186/s12879-019-4060-x
Zanaa A, Paramita SA, Erdenee O, et al. Childhood Tuberculosis in Mongolia: Trends and Estimates, 2010-2030. Tohoku J Exp Med. 2022;257(3):193-203. https://doi.org/10.1620/tjem.2022.J034.
Costa FBPD, Ramos ACV, Berra TZ, et al. Spatial Distribution and Temporal Trend of Childhood Tuberculosis in Brazil. Trop Med Infect Dis. 2022;8(1):12. https://doi.org/10.3390/tropicalmed8010012.
Santos BA, Cruz RPS, Lima SVMA, et al. Tuberculose em crianças e adolescentes: uma análise epidemiológica e espacial no estado de Sergipe, Brasil, 2001-2017. Ciênc saúde coletiva. 2020;25(8):2939–48. https://doi.org/10.1590/1413-81232020258.25692018.
Fatima R, Yaqoob A, Qadeer E, et al. Measuring and addressing the childhood tuberculosis reporting gaps in Pakistan: The first ever national inventory study among children. PLoS One. 2019;14(12):e0227186. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0227186.
World Health Organization. Guidance for national tuberculosis programmes on the management of tuberculosis in children. 2nd ed. Geneva, Who; 2014. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789241548748
SESA. Secretária da Saúde. Plano Estadual pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública 2022-2030. 1ª. Ed. Governo do Paraná. 2022. Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Tuberculose
Cecilio HPM, Teston EF, Marcon SS. Acesso ao diagnóstico de tuberculose sob a ótica dos profissionais de saúde. Texto contexto – enferm. 2017;26(3):e0230014. https://doi.org/10.1590/0104-07072017000230014
Egere U, Togun T, Sillah A, et al. Identifying children with tuberculosis among household contacts in The Gambia. Int J Tuberc Lung Dis. 2017;21(1):46-52. https://doi.org/10.5588/ijtld.16.0289
Togun T. Childhood tuberculosis in high burden settings. EBioMedicine. 63, 103181. https://doi.org/10.1016/j.ebiom.2020.103181.
An Y, Teo AKJ, Huot CY, et al. Barriers to childhood tuberculosis case detection and management in Cambodia: the perspectives of healthcare providers and caregivers. BMC Infect Dis. 2023;23(1):80. https://doi.org/10.1186/s12879-023-08044-y
Moura DNA, Silva FR, Assumpção DM, et al. Temporal trend of mortality from infectious respiratory diseases in childhood in Minas Gerais, Brazil, 2000-2020. Epidemiol Serv Saúde. 2023;32(3):e2022796. https://doi.org/10.1590/S2237-96222023000300006.EN
Brasil. Ministério da Saúde. Proteger e cuidar da saúde de adolescentes na atenção básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 233 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/proteger_cuidar_adolescentes_atencao_basica_2ed.pdf
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Alessandro Rolim Scholze, Camila Cruz Rodrigues, Kelly Holanda Prezotto, Carolina Fordellone Rosa Cruz, Josilene Dália Alves, Leonardo Bigolin Jantsch, Rosana Rosseto de Oliveira, Flavia Meneguetti Pieri, Emiliana Cristina Melo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
The author must state that the paper is original (has not been published previously), not infringing any copyright or other ownership right involving third parties. Once the paper is submitted, the Journal reserves the right to make normative changes, such as spelling and grammar, in order to maintain the language standard, but respecting the author’s style. The published papers become ownership of RECI, considering that all the opinions expressed by the authors are their responsibility. Because we are an open access journal, we allow free use of articles in educational and scientific applications provided the source is cited under the Creative Commons CC-BY license.