Mortalidade de idosos com infecção respiratória comunitária associadas à sepse em Unidade de Terapia Intensiva

Autores

  • Fernanda Weigert Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Helena Oles Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Caroline Palogan Reginato Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Erildo Vicente Muller Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Elis Carolina Pacheco Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Taís Ivastcheschen Taques Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Pollyana Kassia de Oliveira Borges Universidade Estadual de Ponta Grossa

DOI:

https://doi.org/10.17058/reci.v15i2.20017

Palavras-chave:

Mortalidade hospitalar, Sepse, Idoso

Resumo

Justificativa e Objetivos: as infecções em idosos são mais frequentes e graves e podem gerar sepse, que pode ser causa imediata de morte na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O objetivo do estudo foi compreender os fatores de risco associados ao óbito de idosos com sepse internados em UTI em decorrência de infecção respiratória comunitária prévia. Métodos: este é um estudo epidemiológico, descritivo e analítico. Foram analisados prontuários de idosos, internados na UTI de setembro de 2019 a setembro de 2020, com diagnóstico de infecção respiratória comunitária, que evoluíram para óbito devido à sepse, segundo a presença ou ausência de Covid-19. Foram coletados dados sociodemográficos e clínicos. Foi realizada análise descritiva e estatística. Resultados: a maior parte dos pacientes era do sexo masculino e possuía entre 60 e 79 anos. A presença de doença crônica respiratória (RR=1,9; p=0,014) e a etiologia viral (RR=3,2; p<0,001) estiveram associadas à morte. Conclusão: o resultado reforça a importância da prevenção de doenças respiratórias em idosos na comunidade, bem como a intervenção precoce para evitar o agravamento e o óbito.

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Publicado

2025-07-15

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL

Como Citar

Mortalidade de idosos com infecção respiratória comunitária associadas à sepse em Unidade de Terapia Intensiva. (2025). Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 15(2). https://doi.org/10.17058/reci.v15i2.20017