Sepse tardia em Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal

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DOI:

https://doi.org/10.17058/reci.v8i4.11581

Resumo

Justificativa e Objetivos: É essencial conhecer os microrganismos presentes em hemoculturas de pacientes pediátricos internados para uma melhor escolha da terapêutica antibiótica. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo verificar a associação entre parâmetros clínicos e epidemiológicos com o desenvolvimento de sepse neonatal tardia em pacientes internados em um serviço de pediatria de um hospital do sul do Brasil. Métodos: Estudo transversal, descritivo, retrospectivo e qualiquantitativo que utilizou dados secundários oriundos dos prontuários de pacientes que apresentaram critérios clínicos para sepse neonatal, internados na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN) do Hospital Santa Cruz. Resultados: Dos 588 pacientes internados na UTIN do Hospital Santa Cruz no período de 01/01/2013 a 31/12/2015, 123 recém-nascidos (RNs) preencheram os critérios para sepse neonatal tardia. Destes, 59 (47,97%) apresentaram hemocultura positiva, o que foi mais frequente em RNs prematuros (39,84%) e de baixo peso (43,90%), embora não tenha havido associação estatisticamente significativa entre estes fatores e hemocultura positiva. Dentre os possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de sepse neonatal, o uso de ventilação mecânica (p=0,005), realização de cirurgia (p=0,019) e permanência no hospital por mais de um mês (p=0,001) apresentaram associação estatística com hemocultura positiva. Os microrganismos presentes em maior frequência nas hemoculturas foram os estafilococos coagulase negativa (S. epidermidis, S. saprophyticus e S. haemolyticus), encontrados em 35,71% das hemoculturas analisadas. Conclusão: O estudo evidenciou maior prevalência de sepse neonatal tardia em RNs prematuros e de baixo peso, que necessitaram de maiores cuidados e foram submetidos a maior manipulação durante a permanência na UTIN. Procedimentos invasivos e longa permanência hospitalar se associaram significativamente com hemocultura positiva, corroborando com o descrito na literatura.

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Biografia do Autor

  • Angélica Cristine Feil, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS
    Acadêmico de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Tatiana Kurtz, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS
    Doutora em Pediatria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Coordenadora e Docente do curso de Medicina na Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Paola de Oliveira Abreu, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS
    Acadêmico de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Juliana Cechinato Zanotto, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS
    Acadêmico de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Letícia Schneider Selbach, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS
    Acadêmico de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Marina Fernandes Bianchi, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS
    Acadêmico de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Leonardo Silveira Nascimento, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS
    Acadêmico de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Tássia Callai, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS
    Acadêmico de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Jaqueline Kniphoff dos Santos, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS
    Acadêmico de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul

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Publicado

2018-10-08

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL

Como Citar

Sepse tardia em Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal. (2018). Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 8(4), 450-456. https://doi.org/10.17058/reci.v8i4.11581