Antropônimos antonomásticos no contexto das eleições presidenciais de 2022: Uma análise sob a Linguística Cognitiva

Autores/as

  • Luan Oliveira Mendes Universidade Estadual de Feira de Santana
  • Natival Almeida Simões Neto Universidade Federal da Bahia (UFBA)

DOI:

https://doi.org/10.17058/signo.v50i99.20509

Palabras clave:

Linguística Cognitiva, Onomástica Cognitiva, Política Brasileira, Nomes Alternativos, Formações Esporádicas, Antroponímia, Antroponomástica

Resumen

Apresenta-se investigação fundamentada na Linguística Cognitiva e na Semântica Cognitiva (Geeraerts, 2006; Evans; Green, 2006; Lakoff, Johnson, 2008; Kövecses, 2010) sobre o uso de nomes alternativos atribuídos a políticos brasileiros em contextos de polarização partidário-eleitoral, com foco nas metáforas e metonímias conceptuais presentes em ocorrências de antonomásia. A antonomásia é compreendida como o uso de um nome comum em substituição ao nome próprio, refletindo enquadramentos ideológicos e identitários (Garcia, 2006; Martins, 2021). A análise insere-se na Onomástica Cognitiva e examina comentários publicados na rede social X/Twitter entre agosto e dezembro de 2022, período marcado pelas eleições presidenciais. Foram analisadas designações como Ex-Presidiário, Bolsomito, Tchutchuca do Centrão e Carluxo, com maior incidência nos nomes de Lula e Bolsonaro. As metáforas mais recorrentes foram SER HUMANO É ANIMAL e SER HUMANO É SER MITOLÓGICO, enquanto as metonímias mais frequentes foram do tipo PARTE PELO TODO. A análise revelou o uso de discursos preconceituosos, como machismo e LGBTQIA+fobia, por ambos os lados do espectro político, evidenciando contradições ideológicas nas estratégias de ataque. O estudo conclui que os apelidos funcionam como artefatos culturais que refletem frames ideológicos, intensificam a polarização e revelam o papel crucial da linguagem na construção das identidades políticas no Brasil contemporâneo.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Natival Almeida Simões Neto, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

    .

Referencias

EVANS, Vyvyan; GREEN, Melanie. Cognitive Linguistics: An Introduction. Mahwah, NJ and Edinburgh. 2006.

GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna. 26. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.

GEERAERTS, Dirk. Introduction: A rough guide to Cognitive Linguistics. Cognitive Linguistics: Basic Readings, p. 1–28, 2006. doi:10.1515/9783110199901.1

KÖVECSES, Zoltan. Metaphor: A practical introduction. Oxford university press, 2010.

LAKOFF, George; JOHNSON, Mark. Metaphors we live by. University of Chicago press, 2008.

MARTINS, Ana Lúcia M. R. Poltronieri. ANTONOMÁSIA: DEFINIÇÕES E CRÍTICA. Caderno Seminal, Rio de Janeiro, v. 37, n. 37, 2021. DOI: 10.12957/seminal.2021.59229. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/59229. Acesso em: 30 jun. 2025.

SIMÕES NETO, N. A.; RODRIGUES, L. S. Antropônimos esporádicos no português do Brasil: o caso das construções [MC X]N (Nonce anthroponyms in Brazilian portuguese: the [MC X]N constructions case). Estudos da Língua(gem), [S. l.], v. 21, n. 1, p. 83-109, 2023. doi: https://doi.org/10.22481/el.v21i1.10356

SOLEDADE, Juliana. Recuperando a história do léxico antroponímico brasileiro. LABORHISTÓRICO, v. 6, p. 465-483, 2020. doi: https://doi.org/10.24206/lh.v6i3.35110

ULLMANN, Stephen. Semântica: uma introdução à ciência do significado. Tradução de Mateus e J. A. Osorio. 2. ed. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1967.

Publicado

2025-10-14

Cómo citar

Antropônimos antonomásticos no contexto das eleições presidenciais de 2022: Uma análise sob a Linguística Cognitiva. (2025). Signo, 50(99), 89-101. https://doi.org/10.17058/signo.v50i99.20509