Fecundidade no Rio Grande do Sul entre 1946 e 1960: uma análise utilizando o método dos filhos próprios
DOI:
https://doi.org/10.17058/redes.v13i2.792Palabras clave:
Método dos Filhos Próprios, Fecundidade, Microrregião, Rio Grande do Sul.Resumen
Utilizando o Método dos Filhos Próprios e dados do Censo Brasileiro de 1960, o objetivo deste artigo é examinar o início do declínio da fecundidade no Brasil a partir do cálculo das Taxas de Fecundidade Total (TFT) entre 1946 e 1960. Uma contribuição deste trabalho é o uso de microrregiões do Rio Grande do Sul como unidade de análise, o que permite considerar diferenciais demográficos e socioeconômicos dentro do estado. O Rio Grande do Sul foi escolhido porque foi um dos pioneiros no declínio da fecundidade no Brasil. Os resultados mostram que embora a fecundidade varie substancialmente por microrregião, existia uma concentração de altas TFT em microrregiões no norte do estado, e de baixas TFT no sul (particularmente em duas microrregiões que fazem divisa com o Uruguai) e nas microrregiões de Porto Alegre e Santa Cruz do Sul. Os resultados evidenciam que a fecundidade já era baixa na microrregião de Porto Alegre entre 1946 e 1960, declinando de 3,6 para 3,2 entre 1946-1950 e 1956-1960. Estes valores já eram inferiores aos da TFT da cidade do Rio de Janeiro em 1964 (CELADE/CSFC, 1972). Algumas explicações sugeridas para a precoce diminuição da fecundidade na microrregião de Porto Alegre são baseadas na alta proporção de mulheres solteiras, com maior escolaridade e participação no mercado de trabalho, e a baixa mortalidade infanto-juvenil, observadas em 1960. Contudo, nossos achados fornecem evidências de que a microrregião de Porto Alegre não foi capaz de difundir para o restante do estado o seu comportamento reprodutivo diferenciado, e assim o declínio da fecundidade, pelo menos até 1955.Descargas
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Publicado
2009-04-07
Número
Sección
Artículos
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Fecundidade no Rio Grande do Sul entre 1946 e 1960: uma análise utilizando o método dos filhos próprios. (2009). Redes, 13(2), 222-240. https://doi.org/10.17058/redes.v13i2.792