Análise do ciclo de vida dos resíduos recicláveis e perigosos de origem domiciliar
DOI:
https://doi.org/10.17058/redes.v16i3.1565Palabras clave:
Resíduos Sólidos Urbanos, Reciclagem, Gases de Efeito Estufa (GEE), Análise de Ciclo de Vida (ACV).Resumen
Como o desenvolvimento sustentável que a sociedade almeja está baseado em fatores econômico, social e ambiental, pode-se dizer que a crise ambiental tem como componentes os fatores: recursos naturais, população e poluição. Para reduzir a pressão que as atividades antrópicas exercem sobre o meio é necessário conhecer o processo de produção, entradas e saídas, para reduzir possíveis problemas como o desperdício e viabilizar possibilidades de otimização do sistema. Neste contexto foi investigado o ciclo de vida dos resíduos recicláveis e perigosos de origem domiciliar para identificar possibilidades de redução de impacto nas cadeias produtivas. Como resultado constatou-se que a matéria prima mais utilizada pela indústria papeleira é o pinus e o eucalipto de florestas plantadas e algumas indústrias utilizam também a cana de açúcar. Do plantio até o papel ser industrializado, há uma grande demanda de tempo. O corte do eucalipto deve ser feito entre 5 e 7 anos, já o pinus necessita de 10 a 12 anos. Após o uso os papéis podem e devem ser reciclados. Na reciclagem de 1 ton de papel há economia de 29,2 m3 de água, 3,51 MWh em energia elétrica e 22 árvores quando comparado aos processos tradicionais de produção. O cultivo das árvores também contribui para a captação e fixação do carbono. Os eucaliptos de idades 2, 4, 6, 8 anos fixam concentrações de 11,12; 18,55; 80,91 e 97,86 t/ha, respectivamente. O papel também pode ser destinado a compostagem devido à biodegradabilidade. Os metais, vidros e plásticos possuem caráter inorgânico e não biodegradável necessitando ser reciclados ou reutilizados. Na reciclagem de 1 ton de plástico há economia de 5,3 MWh e 500 kg de petróleo. Mesmo com os ganhos ambientais, sociais e econômicos da reciclagem quando comparados aos processos tradicionais, no Brasil, o percentual de reciclagem do papel e do vidro e das embalagens PET são inferiores a 60%. A reciclagem de latas de alumínio e aço supera os 90%. As lâmpadas, bem como pilhas e baterias são materiais que se destinados inadequadamente conferem contaminação ao meio. Os estudos mostraram que os resíduos domiciliares no Paraná elevou em 89%, entre 1990 a 2005, a emissão dos Gases de Efeito Estufa (GEE), variando de 42 GgCH4 a 79,64 GgCH4. A elevação foi atribuída ao aumento da população e destinação dos resíduos para lixões e aterros sanitários. Do total de resíduos, 60% seriam passíveis de compostagem e 20% de ser reciclados. Conclui-se que a problemática sobre resíduos sólidos urbanos, reutilização, reciclagem e destinação final deve ser analisada desde a escolha da matéria prima, processo de produção e produto obtido, bem como dos resíduos, efluentes e emissões gerados.Descargas
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Publicado
2011-09-06
Número
Sección
Artículos
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Análise do ciclo de vida dos resíduos recicláveis e perigosos de origem domiciliar. (2011). Redes, 16(3), 62-79. https://doi.org/10.17058/redes.v16i3.1565