Riscos e acidentes ocupacionais durante o reprocessamento de hemodialisadores

Autores

  • Heloisa Helena Karnas Hoefel Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Enfermagem, Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica.
  • Liana Lautert Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Enfermagem, Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica.

DOI:

https://doi.org/10.17058/reci.v4i2.4748

Resumo

Justificativa e Objetivos: A observação de riscos durante o processamento de hemodialisadores evidenciou necessidade de estudar esses eventos. O objetivo do estudo foi identificar os riscos e acidentes ocupacionais reconhecidos pelos profissionais de enfermagem, durante o reprocessamento de dialisadores. Métodos: realizada pesquisa exploratória-descritiva em unidade de hemodiálise de um hospital universitário utilizando inquérito recordatório sobre riscos no processamento de dialisadores. Seis enfermeiras e quinze técnicos de enfermagem foram os sujeitos. Resultados: relatados 44 riscos: 30 (70%) com o participante e 14 (30%) com colegas. Onze (25%) iriam tocar em sangue visível em superfícies e dez (23%) tocaram diretamente em sangue. Riscos com desinfetantes foram relatados em quinze (34%) situações: cinco contatos com pele, um com mucosas, seis com vapores tóxicos, três não especificadas. Dois relatos sobre tocar em superfícies possivelmente contaminadas mas sem sangue visível. Conclusão: riscos relatados podiam ser vistos ou sentidos, como respingos de sangue e germicidas, odores fortes. Riscos não visíveis foram raros. Acidentes não foram reconhecidos. Sugeriu-se uma sequência desta investigação com aprofundamento teórico- metodológico para melhor compreender a dimensão dos significados atribuídos pelos sujeitos da pesquisa.

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Biografia do Autor

  • Heloisa Helena Karnas Hoefel, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Enfermagem, Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica.
    Possui graduação, mestrado e doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora do Departamento de Enfermagem Médico Cirurgica da Escola de Enfermagem da UFRGS. É revisora das revistas Gaúcha de Enfermagem, Epidemiologia e Controle de Infecção, SOBECC, Journal of Nursing Scholarship, Journal of Nursing Education and Practice. Membro dos conselhos editoriais da SOBECC, Journal of Nursing Scholarship e Epidemiologia e Controle de Infecção. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Controle de Infecção Hospitalar e se dedica a pesquisa sobre . Presidiu a Associação Gaúcha de Controle de Infecção Hospitalar nas duas primeiras gestões. Atua em pesquisa principalmente nos seguintes temas: segurança do paciente e trabalhador com ênfase em esterilização de materiais, eventos adversos, infecções hospitalares, administração de antibióticos, erros de medicamentos.
  • Liana Lautert, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Enfermagem, Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica.
    Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1979), mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1992) e doutorado em Psicologia - Universidad Pontifícia de Salamanca (1995). Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atua nos cursos de Bacharelado, Mestrado e Doutorado em Enfermagem. É bolsista de produtividade do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPQ). Tem experiência na área de Enfermagem Médico-Cirúrgica, atuando principalmente com os temas: enfermagem, saúde do trabalhador, estresse, equipe de enfermagem e hospital. É líder do Grupo Interdisciplinar de Saúde Ocupacional (GISO) e compõe o Comitê Assessor de Ciências da Saúde da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS). Foi Vice Diretora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul no período entre 1997 e 2005 e Diretora desta Escola de Enfermagem no período entre 2005 e 2013.

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Publicado

2014-04-04

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL

Como Citar

Riscos e acidentes ocupacionais durante o reprocessamento de hemodialisadores. (2014). Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 4(2), 159-164. https://doi.org/10.17058/reci.v4i2.4748