Distribuição espacial e comportamento temporal do vírus Zika no município de Araguaína/Tocantins, 2016 a 2023
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v15i2.19919Palavras-chave:
Zika Vírus, epidemiologia, análise espacial, estudos ecológicosResumo
Justificativa e Objetivos: analisar a distribuição epidemiológica espacial das infecções pelo vírus Zika e seu comportamento temporal no município de Araguaína, estado do Tocantins, Brasil, enfatizando a relevância da vigilância contínua e métodos de controle e prevenção. Métodos: este foi um estudo ecológico de séries temporais e tendência dos casos confirmados de vírus Zika no município de Araguaína-TO. O padrão sazonal da doença foi avaliado pelo diagrama de controle, contendo índices por ano e níveis por semana epidemiológica. Os dados de análise espacial foram distribuídos com o auxílio do software QGIS por bairros, delimitando clusters de alto e baixo risco. Resultados: o município relatou 2.031 casos no período avaliado, sendo 519 confirmados, com uma tendência estacionária de baixos índices e padrão sazonal. Os indivíduos mais afetados foram do sexo feminino, pardos, idade entre 20 e 39 anos, e nível de escolaridade inferior a 12 anos de estudo. A doença apresentou características heterogêneas dentro do município, afetando tanto grandes centros demográficos, quanto bairros periféricos. Conclusão: o discernimento acerca das características epidemiológicas é importante para promover políticas públicas e educação em saúde destinadas ao desenvolvimento de mecanismos de previsão de surtos, além de estratégias para o controle das infecções, visando reduzir e/ou sanar novas epidemias dessa arbovirose através da interdisciplinaridade de atuação.
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