A cultura da comunicação no programa de antimicrobianos em terapia intensiva pediátrica brasileira
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v15i3.19466Palavras-chave:
Gestão de Antimicrobianos. Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica. Resistência a Antibióticos. Retroalimentação. Eficácia. Inquéritos e Questionários.Resumo
Justificativa e Objetivos: Os Programas de Gerenciamento de Antimicrobianos (PGA) são fundamentais para otimizar o uso de antimicrobianos e combater a resistência bacteriana. Este estudo avaliou a eficácia dos PGA em unidades de terapia intensiva pediátrica (PED-UCI) no Brasil. Métodos: Realizado em 219 hospitais brasileiros, este estudo multicêntrico utilizou um formulário validado para coletar informações sobre o uso de antimicrobianos compartilhadas com os profissionais de saúde. As características dos serviços foram analisadas conforme a localização, o nível de adesão às ações do PGA e as atividades de feedback oferecidas aos colaboradores das PED-UCI. Resultados: O nível geral de implementação dos PGA nos hospitais foi considerado intermediário, com uma média de 72,46 (±37,60). O comportamento das PED-UCI variou significativamente entre os Estados: alguns apresentaram mais respostas ao inquérito, outros maior adesão dos hospitais, e alguns se destacaram na divulgação dos resultados do PGA. Observou-se que algumas instituições possuíam estratégias de feedback mais robustas, com a maioria adotando ações organizadas de forma institucional e cerca de metade oferecendo ações personalizadas para prescritores e outros profissionais. No entanto, foram identificadas várias oportunidades de melhoria. Conclusão: O desequilíbrio observado entre os cenários analisados revela uma necessidade urgente de fortalecer a cultura de divulgação de resultados, aprimorar os métodos utilizados e aumentar a adesão aos PGA nas PED-UCI brasileiras.
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