Análise da testagem para COVID-19 na cidade de Parnaíba, estado do Piauí, de março a dezembro de 2020

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/reci.v14i2.18952

Palavras-chave:

coronavirus, epidemiologia, testagem, saúde púbica

Resumo

Justificativa e Objetivos: é de suma importância e necessidade a avaliação dos eventos epidemiológicos por meio da análise das medidas adotadas no momento das crises, em especial aqueles de impacto sanitário como forma de melhor o sistema para eventos futuros, sendo a testagem um padrão-ouro a ser avaliado durante uma epidemia. O objetivo deste estudo foi analisar os testes para o diagnóstico de COVID-19, na perspectiva de detectar possíveis resultados falsos negativos, em Parnaíba, Piauí, de março a dezembro de 2020. Métodos: análise estatística dos dados notificados e disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde a partir do software IBM SPSS® Statistics 21.0, em que as variáveis tipo de teste, data do início dos sintomas e data da coleta do material foram cruzadas para obtenção dos resultados. Resultados: 9.473 testes resultaram negativo, em que 11,1% foram realizados pela metodologia RT-PCR, 6,5%, pelos testes rápidos de antígeno, e 82,3%, por teste rápido de anticorpo. A análise revelou que apenas 0,47% testes por RT-PCR e 1,7% testes rápidos de antígeno haviam sido realizados dentro do intervalo ideal de testagem. Por outro lado, o teste rápido de anticorpo teve 0,14% realizados fora do intervalo. Conclusão: o teste com maior sucesso de diagnóstico foi o teste rápido de anticorpo, porém é o menos específico e não adequado para determinação de políticas de gerenciamento de crise sanitária, em especial para medidas de isolamento de infectados, o que sugere melhorias em sistemas de testagem e desenvolvimento de testes com intervalos de testagem maior e precisos.

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Publicado

2024-07-24

Edição

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ARTIGO ORIGINAL

Como Citar

Análise da testagem para COVID-19 na cidade de Parnaíba, estado do Piauí, de março a dezembro de 2020. (2024). Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 14(2). https://doi.org/10.17058/reci.v14i2.18952