Disponibilidade de recursos e equipamentos complementares para uso na prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/reci.v13i3.18255

Palavras-chave:

infecção hospitalar, programa de controle de infecção hospitalar, tecnologia

Resumo

Justificativas e Objetivos: Recentemente, recursos e equipamentos complementares têm surgido para melhorar a prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde. O objetivo deste artigo é verificar a disponibilidade e o uso de diferentes recursos e equipamentos pelos controladores de infecção. Métodos: Realizamos uma pesquisa do tipo survey com controladores de infecção do estado do Rio de Janeiro, por meio de convite pela mídia social, em agosto de 2022. Nove diferentes recursos e equipamentos foram avaliados quanto à disponibilidade e ao uso. Variáveis categóricas e contínuas foram avaliadas pelo teste qui-quadrado e Mann-Whitney, respectivamente. Um valor de p menor que 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: Cento e oito pessoas responderam ao questionário. A média de idade foi de 42,8 anos (DP +/- 8,5 anos), e 53(49,1%) relataram maior carga de trabalho em hospitais públicos, 45 (41,7%) em hospitais privados e 10(9,2%) carga horária similar nos dois tipos de hospitais. Dos 108, 63% relataram a existência de atividades de ensino nas instituições. Não houve correlação entre existência de atividades de ensino e tipo de hospital (p=0,42). O recurso mais disponível foi o uso de biologia molecular (reação em cadeia de polimerase) por 73 (67,6%) participantes. A segunda ferramenta mais encontrada foi o uso de aplicativos para prevenção e controle de infecção para 33 (30,6%) desses participantes. Dezenove deles (17,6%) relataram ausência de todos os recursos/equipamentos. Conclusão: O uso de biologia molecular para pesquisa de amostras biológicas foi o recurso mais disponível para controladores de infecção de um importante estado brasileiro. 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • André Ricardo Araujo da Silva, Universidade Federal Fluminense

    Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (1998), mestrado em Medicina (Doenças Infecciosas e Parasitárias) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006) e doutorado em Pesquisa Clinica em Doenças Infecciosas pela Fundação Oswaldo Cruz (2010). Pós-Doutorado na Ludwig-Maximilians-Universität München (2018/9). Professor associado da Universidade Federal Fluminense. Membro permanente do corpo docente do Mestrado Profissional em Saúde Materno-Infantil da UFF. Membro da Federação Internacional de Controle de Infecção (IFIC).Membro colaborador da OMS para a atualização das diretrizes de manejo clínico e tratamento da COVID e manejo da MIS-C pediátrica. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Medicina, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão de antimicrobianos, prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde em neonatologia e pediatria, ensino médico, multirresistência antimicrobiana, COVID-19 

Referências

Amin AN, Deruelle D. Healthcare-associated infections, infection control and the potential of new antibiotics in development in the USA. Future Microbiol [Internet]. 2015 Jun;10(6):1049-62. http://dx.doi.org/10.2217/fmb.15.33

World Health Organization. WHO launches first ever global report on infection prevention and control. [Internet] Geneve, 2022. Available from https://www.who.int/news/item/06-05-2022-who-launches-first-ever-global-report-on-infection-prevention-and-control#:~:text=The%20new%20WHO%20report%20provides,including%20regional%20and%20country%20focuses

Centers for Disease Control and Prevention. HAI and Antibiotic Use Prevalence Survey. [Internet]. 2018. Available from: https://www.cdc.gov/hai/eip/antibiotic-use.html.

European Centre for Disease Prevention and Control. Healthcare-associated infections acquired in intensive care units Annual Epidemiological Report for 2017. Stockholm: ECDC; 2019. Available from https://www.ecdc.europa.eu/sites/default/files/documents/AER_for_2017-HAI.pdf

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Boletim Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde nº 28. Brasil, 2022. Available from https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiZDIwZjYyMzUtMmYxZS00MTRjLTk0NWMtZWE2ZDUzOGRjOTVjIiwidCI6ImI2N2FmMjNmLWMzZjMtNGQzNS04MGM3LWI3MDg1ZjVlZGQ4MSJ9.

Humphreys H. New technologies in the prevention and control of healthcare-associated infection. J R Coll Physicians Edinb [Internet]. 2010 Jun;40(2):161-4. http://dx.doi.org/10.4997/JRCPE.2010.214

World Health Organization. Guidelines on core components of infection prevention and control programmes at the national and acute health care facility level. Geneva: WHO; 2016. Available at: https://www.who.int/gpsc/core-components.pdf.

Blot S, Ruppé E, Harbarth S, et al. Healthcare-associated infections in adult intensive care unit patients: Changes in epidemiology, diagnosis, prevention and contributions of new technologies. Intensive Crit Care Nurs [Internet]. 2022 Jun; 70:103227. http://dx.doi.org/10.1016/j.iccn.2022.103227

Sullivan KV, Dien Bard J. New and novel rapid diagnostics that are impacting infection prevention and antimicrobial stewardship. Curr Opin Infect Dis [Internet]. 2019 Aug;32(4):356-364. http://dx.doi.org/10.1097/QCO.0000000000000565

Pogorzelska-Maziarz M, Gilmartin H, Reese S. Infection prevention staffing and resources in U.S. acute care hospitals: Results from the APIC MegaSurvey. Am J Infect Control [Internet]. 2018 Aug; 46(8):852-857. http://dx.doi.org/0.1016/j.ajic.2018.04.202

Massaroli A, Martini JG. Perfil dos Profissionais do Controle de Infecções no Ambiente Hospitalar. Cienc Cuid Saude [Internet]. 2014 Jul/Set; 13(3):511-518. http://dx.doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v13i3.20764

Tannous E, El-Saed A, Ameer K, et al. Infection prevention and control staffing and programs in Middle Eastern Countries. J Infect Dev Ctries [Internet]. 2022 May 30;16(5):889-896. http://dx.doi.org/10.3855/jidc.15504

Castro MC, Massuda A, Almeida G, et al. Brazil's unified health system: the first 30 years and prospects for the future. Lancet [Internet]. 2019 Jul 27;394(10195):345-356. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(19)31243-7

Sader HS, Hollis RJ, Pfaller MA. The use of molecular techniques in the epidemiology and control of infectious diseases. Clin Lab Med [Internet]. 1995 Jun;15(2):407-31. http://dx.doi.org/10.1016/S0272-2712(18)30338-X

Singh-Moodley A, Ismail H, Perovic O. Molecular diagnostics in South Africa and challenges in the establishment of a molecular laboratory in developing countries. J Infect Dev Ctries [Internet]. 2020 Mar 31;14(3):236-243. http://dx.doi.org/10.3855/jidc.11779

Bentvelsen RG, Holten E, Chavannes NH, et al. eHealth for the prevention of healthcare-associated infections: a scoping review. J Hosp Infect [Internet]. 2021 Jul; 113:96-103. http://dx.doi.org/10.1016/j.jhin.2021.04.029

Zingg W, Park BJ, Storr J, et al. 2017 Geneva IPC-Think Tank. Technology for the prevention of antimicrobial resistance and healthcare-associated infections; 2017 Geneva IPC-Think Tank (Part 2). Antimicrob Resist Infect Control [Internet]. 2019 May 22; 8:83. http://dx.doi.org/10.1186/s13756-019-0538-y

Sekimoto M, Imanaka Y, Kobayashi H, et al. Japan Council for Quality Health Care, Expert Group on Healthcare-Associated Infection Control and Prevention. Impact of hospital accreditation on infection control programs in teaching hospitals in Japan. Am J Infect Control [Internet]. 2008 Apr; 36(3):212-9. http://dx.doi.org/10.1016/j.ajic.2007.04.276

Publicado

2023-11-11

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL

Como Citar

Disponibilidade de recursos e equipamentos complementares para uso na prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde. (2023). Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 13(3). https://doi.org/10.17058/reci.v13i3.18255