Consumo de preparação alcoólica para higienização das mãos em ambulatórios e Hospitais-Dia: revisão integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/reci.v13i2.18042

Palavras-chave:

Segurança do Paciente. Higiene das Mãos. Anti-Infecciosos Locais, Controle de Infecção.

Resumo

Justificativa e Objetivo: o indicador de consumo de preparação alcoólica é uma medida que pode auxiliar no monitoramento da adesão à higienização das mãos, entretanto não existe direcionamento quanto ao perfil para aplicação da referência de consumo publicada pela Organização Mundial da Saúde para muitas instituições de saúde. Assim, o estudo buscou analisar as informações disponíveis na literatura científica para subsidiar a definição do consumo de preparação alcoólica para higienização das mãos em instituições ambulatoriais e Hospitais-Dia. Método: revisão integrativa referente ao período entre 2010 e 2021, realizada nas bases de dados Scopus, Web of Science, SciELO, PubMed/MEDLINE, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Banco de Dados em Enfermagem e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, através da Biblioteca Virtual em Saúde. Foram selecionados cinco artigos que abordam o tema, sendo divididos em duas categorias: Mililitros de preparação alcoólica para cada higienização das mãos, identificando-se o volume médio previsto de 3 ml, e Consumo de preparação alcoólica por paciente/dia, observando-se a prevalência de estudos em hospitais gerais. Um estudo trouxe a perspectiva referente ao consumo em uma Instituição de Longa Permanência. Conclusão: na revisão, não foram encontrados artigos relacionados a ambulatórios e Hospitais-Dia. Os estudos selecionados demonstram que o consumo de preparação alcóolica é diferente dependendo do perfil do setor e do paciente atendido e que tanto o volume mínimo para cada higienização das mãos quanto as oportunidades geralmente não são considerados para análise do indicador.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Thalita de Souza Santos, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil

    Doutoranda,

    Programa de pós-graduação em Gestão do Cuidado em Enfermagem da Universidade  Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.

  • Roberta Costa, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil

    Professora Doutora,

    Programa de pós-graduação em Gestão do Cuidado em Enfermagem da Universidade  Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.

Referências

Ministério da Saúde (BR). Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Assistência segura: uma reflexão teórica aplicada à prática. 2 ed. Brasília: Anvisa; 2013. https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2019/07/Caderno-1-Assist%C3%AAncia-Segura-Uma-Reflex%C3%A3o-Te%C3%B3rica-Aplicada-%C3%A0-Pr%C3%A1tica.pdf.

Brauer M, Zhao JT, Bennitt FB, et al. Global access to handwashing: implications for COVID-19 control in low-income countries. Environ. Health Perspectives. 2020; 128(5): p.57005. https://doi.org/10.1289/EHP7200

Valim MD, Rocha ILS, Souza TPM, et al. Eficácia da estratégia multimodal para adesão à Higiene das Mãos: revisão integrativa. Rev Bras Enferm. 2019; 72(2): p 552-565. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0584

Llapa-Rodríguez EO, Oliveira JKA, Menezes MO, et al. Aderência de profissionais de saúde à higienização das mãos. Revista de Enfermagem UFPE online. 2018;12(6): p 1578-1585. ISSN 1981-8963. https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/230841/29186.

WHO. Guidelines on hand hygiene in health care. (2009). First global patient safety challenge clean care is safer care. World Health Organization (WHO). https://www.who.int/publications/i/item/9789241597906

World Health Organization (WHO). A Guide to the Implementation of the WHO Multimodal Hand Hygiene Improvement Strategy Geneva: WHO; 2009a. 48p. https://www.who.int/publications/i/item/a-guide-to-the-implementation-of-the-who-multimodal-hand-hygiene-improvement-strategy

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Resolução nº 42, de 25 de outubro de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do País, e dá outras providências. Brasília: ANVISA; 2010. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0042_25_10_2010.html

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Nota Técnica nº 01/2018 GVIMS/GGTES/ANVISA: Orientações gerais para higiene das mãos em serviços de saúde. Brasília: ANVISA; 2018. https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/notas-tecnicas/2020/nota-tecnica-01-2018-higienizacao-das-maos.pdf/view

Prado, M F; Maran, E. Desafio ao uso das preparações alcoólicas para higienização das mãos nos serviços de saúde. Esc Anna Nery. 2014; 18(3): p 544-547. https://doi.org/10.5935/1414-8145.20140078

World Health Organization (WHO). Hand hygiene technical reference manual: to be used by health-care workers, trainers and observers of hand hygiene practices. Geneva: WHO; 2009b. p.31.

Faria G, Menezes R, Alves P, et al. Impacto do álcool gel nas bactérias das mãos de profissionais de saúde. Rev Epidemiol Control Infect. 2022;11(3). https://doi.org/10.17058/reci.v11i3.16493

Amorim CSV, Pinheiro IF, Vieira VGS, et al. Higiene das Mãos e Prevenção da Influenza: Conhecimento de Discentes da Área da Saúde. Texto & Contexto - Enfermagem. 2018; 27(4). https://doi.org/10.1590/0104-070720180004570017.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BR). Portaria nº 1.377, de 9 de julho de 2013a. Aprova os Protocolos de Segurança do Paciente. Brasília (DF): MS; 2013a. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1377_09_07_2013.html.

Ministério da Saúde (BR). Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Segurança do paciente: Higienização das Mãos. Brasília (DF): MS; 2009.

Haubitz S, Atkinson A, Kaspar T, et al. Handrub Consumption Mirrors Hand Hygiene Compliance. Infect Control Hosp Epidemiol. 2016; 37(6): p 707-10. https://doi.org/10.1017/ice.2016.47

Capelo, P. Implantação do Projeto Mãos Limpas, Paciente Seguro. Avaliação da etapa 2013. Curitiba: [s. n.], 2014. https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/Relatrio_PR_2013_2014.pdf.

World Health Organization (WHO). Hand Hygiene Self-Assessment Framework 2010. Geneva: WHO; 2010. https://www.who.int/gpsc/country_work/hhsa_framework_October_2010.pdf

Silva DS, Dourado AAG, Cerqueira CRE, et al. Aderência à higiene das mãos através das recomendações da Organização Mundial de Saúde em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2017; 17(3): p. 551-559. https://doi.org/10.1590/1806-93042017000300008

Centro Colaborador para Qualidade e Segurança do Paciente (Proqualis). Ficha de consumo de preparação alcoólica para as mãos: monitoramento do volume de preparação alcoólica para as mãos utilizado para cada 1.000 pacientes-dia. Proqualis, 2014. https://proqualis.net/indicadores/consumo-de-prepara%C3%A7%C3%A3o-alco%C3%B3lica-para-m%C3%A3os-monitoramento-do-volume-de-prepara%C3%A7%C3%A3o

Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Assistência à Saúde. Departamento de Sistemas e Redes Assistenciais. Padronização da nomenclatura do censo hospitalar/Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde, Departamento de Sistemas e Redes Assistenciais. 2.ed. revista. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/padronizacao_censo.pdf

Mendes KDS, Silveira RC de CP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto contexto - enferm. 2008; 17(4): p 758–64. https://doi.org/10.1590/S0104-07072008000400018

Bánsághi S, Soule H, Guitart C, et al. Critical Reliability Issues of Common Type Alcohol-Based Handrub Dispensers. Antimicrob Resist Infect Control. 2020, 9, 90. https://doi.org/10.1186/s13756-020-00735-4

Szabó, R., Morvai, J., Bellissimo-Rodrigues, F. et al. Use of hand hygiene agents as a surrogate marker of compliance in Hungarian long-term care facilities: first nationwide survey. Antimicrob Resist Infect Control. 2015; 4(32). https://doi.org/10.1186/s13756-015-0069-0

Hansen S, Schwab F, Gastmeier P, et al. Provision and consumption of alcohol-based hand rubs in European hospitals. Clin Microbiol Infect. 2015; 21(12): p1047-1051. https://doi.org/10.1016/j.cmi.2015.09.019

Mendes KDS, Silveira RC de CP, Galvão CM. Use of the bibliographic reference manager in the selection of primary studies in integrative reviews. Texto contexto - enferm. 2019; 28(20170204). https://doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2017-0204

Voniatis C, Bánsághi S, Ferencz A, et al. A large-scale investigation of alcohol-based handrub (ABHR) volume: hand coverage correlations utilizing an innovative quantitative evaluation system. Antimicrob Resist Infect Control 2021; 10(49). https://doi.org/10.1186/s13756-021-00917-8.

Dalziel C, McIntyre J, Chand AG, et al. Validation of a national hand hygiene proxy measure in NHS Scotland, Journal of Hospital Infection, 2017; 98(4), 201: p 375-377, ISSN 0195-6701, https://doi.org/10.1016/j.jhin.2017.10.001.

Dramowski A, Erasmus LM, Aucamp M, et al. SafeHANDS: A Multimodal Hand Hygiene Intervention in a Resource-Limited Neonatal Unit. Trop Med Infect Dis. 2022; 29; 8(1): p 27. https://doi.org/10.3390/tropicalmed8010027

Müller SA, Landsmann L, Diallo AOK, et al. Is the World Health Organization Multimodal Hand Hygiene Improvement Strategy applicable and effective at the primary care level in resource-limited settings? A quantitative assessment in healthcare centers of Faranah, Guinea. IJID Reg. 2022; 3; 3: p 27-33. https://doi.org/10.1016/j.ijregi.2022.03.002

Santos CC, Souza ACSE, Vieira, MAS, et al. Consumo de álcool gel: um indicador da adesão à higienização das mãos. In: Anais do Seminário Nacional de Pesquisa em Enfermagem, 19, 2017, João Pessoa. Anais eletrônicos. João Pessoa: ABEn, 2017 https://www.abenpb.com.br/19_senpe/uploads/fc490ca45c00b1249bbe3554a4fdf6fb/dc381100c017813a5c4945e11a065252.pdf

Kramer TS, Walter J, Schröder C, et al. Increase in consumption of alcohol-based hand rub in German acute care hospitals over a 12 year period. BMC Infect Dis. 2021; 21(766). https://doi.org/10.1186/s12879-021-06427-7 .

Garlasco J, Vicentini C, Emelurumonye IN, et al. Alcohol-Based Hand Rub Consumption and World Health Organization Hand Hygiene Self-Assessment Framework: A Comparison Between the 2 Surveillances in a 4-Year Region-Wide Experience. J Patient Saf. 2022; 1;18(3): p 658-665. https://doi.org/10.1097/pts.0000000000000908

Suzuki Y, Morino M, Morita I, et al. The effect of a 5-year hand hygiene initiative based on the WHO multimodal hand hygiene improvement strategy: an interrupted time-series study. Antimicrob Resist Infect Control. 2020; 9(1): p 75.

https://doi.org/10.1186/s13756-020-00732-7

Fujita R, Arbogast JW, Yoshida R, et al. A multi-centre study of the effects of direct observation of hand hygiene practices on alcohol-based handrub consumption. Infect Prev Pract. 2022; 4(4): p100256. https://doi.org/10.1016/j.infpip.2022.100256

Alvim ALS, Reis LC, Couto BRGM, et al. Avaliação das práticas de higienização das mãos em três unidades de terapia intensiva. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção. 2019; 9(1): p 11605. https://doi.org/10.17058/reci.v9i1.11605

Elia F, Calzavarini F, Bianco P, et al. Uma intervenção nudge para melhorar a adesão à higiene das mãos no hospital. Intern Emerg Med. 2022; 17: p 1899–1905. https://doi-org.ez46.periodicos.capes.gov.br/10.1007/s11739-022-03024-7

Müller SA, Diallo AOK, Wood R, et al. Implementation of the WHO hand hygiene strategy in Faranah regional hospital, Guinea. Antimicrob Resist Infect Control. 2020; 9(1): p 65. https://doi.org/10.1186/s13756-020-00723-8

Sicoli S, Hunter L, Shymanski J, Suh K, Roth VR. Estimating the volume of alcohol-based hand rub required for a hand hygiene program. Am J Infect Control. 2012; 40(9) p:810-4. https://doi.org/10.1016/j.ajic.2011.10.022.

Berthod D, Alvarez D, Perozziello A, et al. Are there reasons behind high Handrub consumption? A French National in-depth qualitative assessment. Antimicrob Resist Infect Control. 2022;11(1): p 42. https://doi.org/10.1186/s13756-022-01085-z

Publicado

2023-07-01

Edição

Seção

ARTIGOS REVISÃO

Como Citar

Consumo de preparação alcoólica para higienização das mãos em ambulatórios e Hospitais-Dia: revisão integrativa. (2023). Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 13(2). https://doi.org/10.17058/reci.v13i2.18042