O MÉTODO DAS COEXISTÊNCIAS: entre a relatividade e a teoria quântica?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/redes.v30i1.20169

Palavras-chave:

Coexistência, Transtemporalidade, Transescalaridade, Transterritorialidade, Saberes originários, Ciências

Resumo

Está cada vez mais claro que a complexidade da vida é quântico-gravitacional-sensível, resulta de bilhões de anos e conexões instantâneas de curtíssimas, curtas, longas e larguíssimas distâncias. As forças são diversas, eletromagnéticas e gravitacionais, fortes e fracas, gerando energia para sustentar a unidade do universo e a formação da vida que conhecemos na Terra. Porém, ainda temos para pesquisar e debater até construir um método científico coerente com toda essa complexidade. Reconhecemos que há avanços importantes, na Física, na Astrofísica, na Biologia, na Geografia, enfim, em diferentes áreas do conhecimento, no entanto, ainda há muitas controvérsias sobre vários aspectos relativos à origem e reprodução da nossa vida. Então, neste texto, desafiamo-nos a refletir, a partir de um longo processo de pesquisa-ação já realizado, sobre algumas possibilidades de misturar aspectos de distintos métodos, em especial, combinando a transescalaridade com a transtemporalidade e transterritorialidade, que temos denominado de método das coexistências, justamente para tentar contribuir na compreensão e explicação de alguns significados cotidianos e processuais da vida que temos aqui na Terra. Esperamos que os resultados conseguidos até agora sirvam de motivações para outras pessoas debaterem conosco, num nível horizontal e dialógico.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

REFERÊNCIAS¬¬¬¬

BOHM, David. A totalidade e a ordem implicada. São Paulo: Editora Cultrix, 1980.

BOHM, David. Sobre a criatividade. São Paulo: Editora da Unesp, 2011.

BORGES, Jorge Luis. Los conjurados. Buenos Aires: Emecé Editores, 2005 [1995].

CAMUS, Albert. O estrangeiro. Rio de Janeiro; São Paulo: Editora Record, 2020 [1942].

CARRASCO, David. Os astecas: uma breve introdução. Porto Alegre: L&PM, 2023.

COCCIA, Emanuele. Metamorfosi: siamo un’única, sola vita. Torino: Einaudi Editore, 2022.

COLMENARES, Ana Mercedes. Investigación-acción participativa: una metodología integradora del conocimiento y la acción, Voces y Silencios: Revista Latinoamericana de Educación, vol. 3, n. 1, 2012, p. 102-115.

COX, B. e FORSHAW, J. O universo quântico: tudo que pode acontecer realmente acontece. São Paulo: Editora Fundamento Educacional, 2016.

DUNKLEY, J. Nosso universo: a história do cosmo e seus mistérios. São Paulo: Todavia, 2023 [2019].

FALS BORDA, Orlando. La ciencia y el pueblo: nuevas reflexiones sobre la investigación-acción (participativa). In: HERRERA FARFÁN, N. e LÓPEZ GUZMÁN, L. (Org.). Ciencia, compromiso y cambio social en Orlando Fals Borda. Buenos Aires: Editorial El Colectivo – Lanzas y Letras – Extensión Libros, 2012 [1997], p. 301-319.

FANON, Franz. Piel negra, máscaras blancas. Madrid: Akal, 2009 [1952].

FANON, Franz. Dialéctica de la liberación. Buenos Aires: Ediciones Pirata, 1974.

GREENE, Brian. O universo elegante. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

GREENE, Brian. Até o fim do tempo. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.

HINKELAMMERT, Franz. Crítica à razão utópica. São Paulo: Edições Paulinas, 1988.

KAKU, Michio. A equação de Deus. A busca por uma teoria de tudo. Rio de Janeiro: Record, 2023.

LEFEBVRE, Henri. La sociologia di Marx. Milano: Il Saggiatore, 1968.

LEÓN-PORTILLA, Miguel. La filosofia Náhuatl. In: DUSSEL, E.; MENDIETA, E.; BOHÓRQUEZ, C. (Org.). El pensamiento filosófico latinoamericano, del Caribe y “latino” (1300-2000). Siglo Veintiuno Editores/CREFAL, Ciudad de México, 2009, p. 21-26.

LEYVA, Xochitl e SPEED, Shannon. Hacia la investigación descolonizada: nuestra experiencia de co-labor. In: LEYVA, X.; BURGUETE, A.; SPEED, S. (Eds.). Gobernar (en) la diversidad: experiencias indígenas desde América Latina. Ciudad de México: CIESAS, FLACSO Ecuador, FLACSO Guatemala, 2008.

MANNHEIM, Karl. On the interpretation of weltanschauung. In: MANNHEIM, K. Essays on the sociology of knowledge. London: Routledge and Kegan Paul, 1952. p. 33-83.

MEMMI, Albert. Retrato do colonizado precedido de retrato do colonizador. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2021 [1955-56].

MEMMI, Albert. The colonizer and the colonized. Boston: Beacon Press, 1991 [1957].

MEMMI, Albert. A estátua de sal. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

PÉREZ MORENO, Maria. O’Tanil: corazón. Una sabiduría y práctica de sentir, pensar, entender, explicar y vivir el mundo desde los mayas Tseltales de Bachajón, Chiapas, Mèxico. In: OCHOA, K. (Org.). Miradas en torno al problema colonial. Ciudad de México: Ediciones Akal, 2019, p. 157-173.

QUINTERO WEIR, José. Conocer desde el sentipensar indígena: teoría y práctica del conocimiento para la vida. Guadalajara, México: Universidad Autónoma Indígena (UAIN); Cooperativ Yoko Yani; WAINJIRAWA, 2021.

RANDALL, Lisa. O universo invisível. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

REYES, Luis Alberto. El pensamiento indígena en América. Buenos Aires: Editorial Biblos, 2009.

SAQUET, Marcos. Approaches and conceptions of territory. Curitiba, Brazil Publishing, (2020 [2007]).

SAQUET, Marcos. Saber popular, práxis territorial e contra-hegemonia. Rio de Janeiro: Editora Consequência, 2019.

SAQUET, Marcos. Conciencia de clase y de lugar, praxis y desarrollo territorial. Buenos Aires: CLACSO, 2021.

SAQUET, Marcos. Singularidades: um manifesto a favor da ciência territorial popular feita na práxis descolonial e contra-hegemônica. Rio de Janeiro: Consequência Editora, 2022a.

SAQUET, M. ¿Territoriología en/de la praxis? Mercator, v.21, e21031, 2022b, p. 1-13.

SAQUET, M. Por una praxis territorial popular: una perspectiva metodológica in(sub)versiva y decolonial. In: ROCHA, A.; SAQUET, M.; GRIGNOLI, D. (Org.). Novos paradigmas e novos modelos de ação: do global ao local ou do local ao global? Rio de Janeiro: Letra Capital, 2022c. p. 14-42.

SAQUET, Marcos. The method of coexistences in the university-territory interface, Perspectiva Geográfica, vol. 2, n. 28, 2023a, p. 1-20.

SAQUET, Marcos. É possível produzir geografias críticas com imersão e cooperação territorial? Revista de Geografia (Recife), vol. 40, no. 4, 2023b, p. 4-30.

SAQUET, Marcos. Reflexiones sobre la superación del academicismo en la relación universidad-territorio. In: Maria Ramirez, A.; Higueras Zamora, E.; Ramírez Valverde, B. (Org.). Medio ambiente y sustentabilidad: la dimensión epistémica del diálogo de saberes. Tlaxcala, México: El Colegio Tlaxcala, 2024, p. 14-29.

SAQUET, M. e CICHOSKI, P. Territorios y (des)arrollo raíz: contribuciones para una perspectiva de investigación y cooperación popular, decolonial y contrahegemonía. In: MORALES, D.; SARIEGO-KLUGE, L.; TEIXEIRA, T. (Org.). Territorios y desarrollo: teorías, debates y casos desde América Latina. San José, Costa Rica: Universidad de Costa Rica, Vicerrectoría de Investigación, CICAP, 2022. p. 111-135.

SHIVA, Vandana. Il bene comune dela Terra. Milano: Feltrinelli, 2006.

TONELLI, Guido. Gênesis: a história do universo em sete dias. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.

TONELLI, Guido. Tempo: o sonho de matar chronos. Rio de Janeiro: Zahar, 2023.

WHITEHEAD, Alfred. El concepto de naturaleza. Buenos Aires: Cactus, 2019 [1919].

ZEMELMAN, Hugo. La premisa de la conciencia histórica. In: ZEMELMAN, H. Configuraciones críticas. Pensar epistémico sobre la realidad. México, DF: Siglo XXI/CCREAAMC, 2011 [2005], p. 273-290.

Publicado

2025-06-12

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O MÉTODO DAS COEXISTÊNCIAS: entre a relatividade e a teoria quântica?. (2025). Redes, 30(1). https://doi.org/10.17058/redes.v30i1.20169