movimentos quilombolas e as novas dimensões de dominação na ilha do Marajó (PA)
DOI:
https://doi.org/10.17058/agora.v27i1.20405Palabras clave:
Movimiento Quilombola; Neocolonialismo; identidad racial; Marajoara del Amazonas.Resumen
Este artículo tiene como objetivo presentar el proceso histórico de los movimientos quilombolas de Salvaterra, en la isla de Marajó/PA, trazando la trayectoria desde la resistencia colonial hasta las configuraciones neocoloniales contemporáneas y las formas de confrontación construidas por el movimiento quilombola. Se entiende que el colonialismo europeo instauró una colonialidad del poder y que el neocolonialismo actual reconfigura esta lógica a través de inversiones agroindustriales, obras de infraestructura e incentivos estatales, profundizando la dependencia y la desigualdad. Metodológicamente, se adoptó un enfoque cualitativo, con revisión bibliográfica en SciELO y Google Scholar, entrevistas semiestructuradas con residentes de las comunidades de Campinas/Vila União y Mangueiras, observación participante, registros de diario de campo y documentación fotográfica. La investigación de campo se llevó a cabo en 2024, con siete visitas distribuidas a lo largo del año. Los resultados muestran que, a pesar de las formas de neocolonialismo, el movimiento quilombola desarrolla diversas formas organizativas, tanto formales como informales, que van desde asociaciones registradas hasta grupos de carimbó y artesanos. Estas iniciativas revelan procesos complejos de adaptación cultural, refuerzo de la identidad colectiva y construcción de nuevas territorialidades que articulan prácticas de resistencia política y simbólica. Finalmente, el artículo destaca la centralidad de la identidad quilombola como instrumento de lucha por el reconocimiento y la protección territorial frente a los cambios provocados por el neocolonialismo.
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