As fronteiras (in)visíveis entre as juventudes quilombola e urbana

Autores

  • Roseane Amorim da Silva Universidade Federal de Pernambuco
  • Jaileila de Araújo Menezes Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.17058/barbaroi.v2i52.13025

Palavras-chave:

jovens quilombolas, jovens urbanos, interseccionalidade

Resumo

No presente estudo pode ser observado alguns aspectos que emergem dos encontros entre os/as jovens rurais quilombolas e urbanos/as. Através dos/as jovens quilombolas buscou-se conhecer como acontecem esses encontros. Os/as quilombolas fazem parte de uma pesquisa realizada em duas comunidades, localizadas na área rural do município de Garanhuns/PE, cujos nomes são Castainho e Estivas. A pesquisa foi realizada em dois momentos: no primeiro aconteceu a observação participante nas comunidades, em seguida 20 entrevistas semiestruturas com os/as jovens. Os dados construídos foram analisados a partir da interseccionalidade de gênero, raça e classe social. Foi visto que os/as jovens urbanos/as frequentam as comunidades quilombolas, principalmente nos finais de semana, onde têm práticas de lazer. Os/as jovens quilombolas frequentam a área urbana com finalidades diversas: estudos, trabalho, festas. Percebe-se que esse encontro entre as juventudes no contexto quilombola, muitas vezes, é atravessado por situações de opressão e desigualdades. Os/as jovens urbanos fazem uso do território quilombola sem restrições, ligam som em alto volume, bebem, escolhem o lugar do bar onde querem ficar, o mesmo não acontece quando os/as quilombolas estão na cidade. As relações desiguais de classe, raça e gênero são marcadas no próprio território quilombola, a exemplo dos/as jovens urbanos que frequentam as comunidades, mas não se “misturam” com as pessoas de lá. Considera-se importante observar essa realidade, uma vez que buscou-se compreender as vivências dos/as jovens no intuito de visibilizar limites e possibilidades que circunscrevem a vida das juventudes.

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Biografia do Autor

  • Roseane Amorim da Silva, Universidade Federal de Pernambuco
    Psicóloga. Mestre em Psicologia. Doutora em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco.
  • Jaileila de Araújo Menezes, Universidade Federal de Pernambuco
    Psicóloga. Doutora em Psicologia. Professora da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE.

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Publicado

2018-07-05

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

As fronteiras (in)visíveis entre as juventudes quilombola e urbana. (2018). Barbarói, 2(52), 131-149. https://doi.org/10.17058/barbaroi.v2i52.13025